O Ministério Público de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (26/2), a Operação Gran Família, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que praticava falsidade ideológica, uso de documentos falsos e lavagem de dinheiro na comercialização de grãos, em Rio Verde e Cristalina. Os suspeitos são integrantes de uma mesma família.
A ação é realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). São cumpridos 13 mandados de prisão temporária e 17 de busca e apreensão em Goiás, Mato Grosso e São Paulo. Além disso, foi determinado o bloqueio bens dos envolvidos no valor de R$ 35 milhões.
Segundo foi apurado, o grupo criminoso se valia de empresas de fachada constituídas em outros Estados para comercializar grãos produzidos em Goiás, burlando a fiscalização tributária.
A mercadoria produzida em Goiás era adquirida por membros do grupo sem nota fiscal do produtor, e remetida para outros Estados com notas fiscais das empresas de fachada, o que fomentava concorrência desleal em relação aos produtores que atuam de forma legal.
Uma das empresas operadas pelo grupo, localizada no Mato Grosso, movimentou mais de R$ 100 milhões entre os anos de 2013 e 2014, valores que foram remetidos para produtores goianos e para membros do grupo criminoso.
A operação é realizada em conjunto com os Gaecos do Mato Grosso e de Campinas (SP), pelo Centro de Inteligência do Ministério Público de Goiás, Polícia Civil, Sefaz e acompanhada pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira). Delegados e agentes da Polícia Civil de Goiás, juntamente com agentes fazendários, cumprem os mandados no Estado.